terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Funcionários não se sentem seguros para ir a tenda, diz Haddad

Jornal O Estado de S. Paulo
Parque D. Pedro. Moradores de rua foram retirados da Sé e montaram barracos perto de tenda - Tiago Queiroz/Estadão

Prefeito afirmou que vai pedir ajuda de Geraldo Alckmin em relação a Cracolândia e centro de convivência do Parque Dom Pedro II mostrada em reportagem do ‘Estado’

 Artur Rodrigues
 SÃO PAULO – O prefeito Fernando Haddad afirmou nesta segunda-feira, 9, que os funcionários públicos não se sentem seguros para trabalhar no Centro de Convivência para moradores de rua do Parque Dom Pedro II, no centro da capital paulista. Reportagem do Estado publicada no domingo, 8, mostrou que os moradores vivem no equipamento público sem nenhuma condição de higiene, mantimentos ou assistência social.
Haddad afirmou que a situação aconteceu após os moradores de rua serem retirados da Praça da Sé. “Houve um deslocamento dessa população para o Parque Dom Pedro. Acontece que infelizmente no Parque Dom Pedro, não só as pessoas que estavam na Sé, resolveram ocupar o local. Inclusive todos os equipamentos que foram instalados lá já sumiram. Os chuveiros sumiram, muita coisa sumiu”, disse o prefeito.
De acordo com Haddad, a presença de usuários de droga no local dificulta a ação dos funcionários públicos. “Existe um problema que é a questão do crack, os funcionários públicos estão receosos de frequentar o local, porque não se sentem mais seguros”, disse.
Movimentos de moradores de rua criticaram a gestão Haddad, acusando-a de omissão. O prefeito afirmou que iria se encontrar nesta tarde com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) para tratar de uma ação conjunta para solucionar o problema no centro de convivência e na Cracolândia. “Vou levar ao governador para nos ajudar (em relação aos dois locais), porque sem o apoio do governo do Estado os funcionários públicos, a própria guarda-civil não se sente segura para fazer o seu trabalho”, disse.
A administração municipal aposta em um novo local na zona norte, com 500 vagas, como opção para encaminhamento de moradores de rua. Segundo ele, vários locais da cidade ocupados por essa população foram “retomados”. “Se vocês observarem o que aconteceu na cidade do começo do ano para cá, praticamente, todas as praças foram retomadas, Largo São Francisco, Julio Prestes, Patriarca, Praça Ramos, Praça da Sé, todas essas praças foram retomadas”, disse.

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