domingo, 31 de julho de 2011

Cocaína

É uma substância extraída de uma planta originária da América do Sul, popularmente conhecida como coca (Erythroxylon coca). A cocaína pode ser consumida na forma de pó (cloridrato de cocaína), aspirado ou dissolvido em água e injetado na corrente sanguínea, ou
sob a forma de uma pedra, que é fumada, o crack. Existe ainda a pasta de coca, um produto menos purificado, que também pode ser fumado, conhecido como merla. Seu mecanismo de ação no SNC é muito semelhante ao das anfetaminas, mas a cocaína atua, ainda, sobre um terceiro neurotransmissor, a serotonina, além da noradrenalina e da dopamina.
A cocaína apresenta, também, propriedades de anestésico local que independem
de sua atuação no cérebro. Essa era, no passado, uma das indicações de uso médico da substância, hoje obsoleto. Seus efeitos têm início rápido e duração breve. No entanto, são mais intensos e fugazes quando a via de utilização é a intravenosa ou quando o indivíduo utiliza o crack ou merla.

Efeitos do uso da cocaína:

• sensação intensa de euforia e poder;
• estado de excitação;
• hiperatividade;
• insônia;
• falta de apetite;
• perda da sensação de cansaço.

Apesar de não serem descritas tolerância nem síndrome de abstinência inequívoca, observa-se, frequentemente, o aumento progressivo das doses consumidas. Particularmente, no caso do crack, os indivíduos desenvolvem dependência severa rapidamente, muitas vezes, em poucos meses ou mesmo algumas semanas de uso. Com doses maiores, observam-se outros efeitos, como irritabilidade, agressividade e até delírios e alucinações, que caracterizam um verdadeiro estado psicótico, a psicose cocaínica. Também podem ser observados aumento da temperatura e convulsões, frequentemente de difícil tratamento, que podem levar à morte se esses sintomas forem prolongados. Ocorrem, ainda, dilatação pupilar, elevação da pressão arterial e taquicardia (os efeitos podem levar até a parada cardíaca, uma das possíveis
causasde morte por superdosagem).

Drogas: classificação e efeitos no organismo

Fator de risco de infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC)
Mais recentemente e de modo cada vez mais frequente, verificam-se alterações persistentes na circulação cerebral, em indivíduos dependentes de cocaína. Existem evidências de que o uso dessa substância seja um fator de risco para o desenvolvimento de infartos do miocárdio
e acidentes vasculares cerebrais (AVCs), em indivíduos relativamente jovens. Um processo de degeneração irreversível da musculatura (rabdomiólise) em usuários crônicos de cocaína também já foi descrito.

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