Jornal Folha de S. Paulo
DE SÃO PAULO
O governo vai proibir a venda da bebida alcoólica abaixo do preço de custo na Inglaterra e no País de Gales.
Segundo o jornal inglês The Guardian, ministros esperam que a medida, que entra em vigor no dia 6 de abril, breque os grandes descontos das redes de supermercados, que levaram uma lata de cerveja a custar menos do que água nesses estabelecimentos.
O novo “piso” para uma garrafa de vinho vai ser de aproximadamente R$ 10; uma garrafa de vodca vai custar, no mínimo, R$ 39.
Cervejas de baixo teor alcoólico (1,2% ou menos) serão isentas da medida, assim como os free shops.
Segundo o jornal, ativistas da área de saúde acusaram os ministros de cederem à pressão da indústria de bebidas, em julho passado, quando eles rejeitaram um projeto que definia um preço unitário mínimo para o álcool e a proibição de promoções.
A Alcohol Health Alliance, que inclui universidades de medicina, disse que o impacto desta medida será insignificante.
Avaliação do impacto, publicado na terça-feira (4) confirma que é provável que a medida é atinja apenas 1,3% de todas as vendas de álcool, principalmente em supermercados.
A exposição de motivos que justificam a proibição, apresentados pela ordem parlamentar, diz que o “governo está empenhado em garantir que os casos mais graves de venda de álcool por baixos preços sejam proibidos”.
Os ministros insistem que venda abaixo do preço é um problema real, pois seis ou sete dos maiores supermercados ingleses já foram flagrados vendendo álcool a até 12% abaixo do preço de custo.
Eles também apontam para a crescente evidência de “esquentas”: dois terços dos jovens que foram presos por crime e desordem relacionada ao álcool em uma cidade inglesa admitiram ter se “afundado” com os baixos preços de bebida dos supermercados antes de sair para uma festa.
A avaliação de impacto oficial estima que a medida levará a uma economia de R$ 21 milhões por ano em benefícios para a saúde e R$ 14,2 milhões na economia de criminalidade.
A proibição será imposta através da introdução de uma condição de licenciamento obrigatório para todos aqueles que vendem álcool. Funcionários dizem que não esperam que as vendas de fora da Inglaterra e País de Gales através da Internet sejam um problema significativo, mas vai mantê-lo sob revisão.
Eric Appleby, diretor-executivo da Alcohol Concern, descartou o movimento: “A ideia de que a proibição de vendas abaixo do custo vai ajudar a resolver o nosso problema com o álcool é risível, é confuso e quase impossível de implementar. Além de tudo isso, os relatórios mostram que a medida teria um impacto em apenas 1% dos produtos de álcool vendido em lojas e supermercados, deixando intocadas bebidas que são tão descaradamente dirigidas aos jovens”.
“O governo está perdendo tempo enquanto evidências internacionais mostram que preço mínimo unitário é o que nós precisamos para salvar vidas e diminuir crimes”.
Segundo o jornal inglês The Guardian, ministros esperam que a medida, que entra em vigor no dia 6 de abril, breque os grandes descontos das redes de supermercados, que levaram uma lata de cerveja a custar menos do que água nesses estabelecimentos.
O novo “piso” para uma garrafa de vinho vai ser de aproximadamente R$ 10; uma garrafa de vodca vai custar, no mínimo, R$ 39.
Albert Gea/Reuters |
Funcionária em loja de vinhos |
Segundo o jornal, ativistas da área de saúde acusaram os ministros de cederem à pressão da indústria de bebidas, em julho passado, quando eles rejeitaram um projeto que definia um preço unitário mínimo para o álcool e a proibição de promoções.
A Alcohol Health Alliance, que inclui universidades de medicina, disse que o impacto desta medida será insignificante.
Avaliação do impacto, publicado na terça-feira (4) confirma que é provável que a medida é atinja apenas 1,3% de todas as vendas de álcool, principalmente em supermercados.
A exposição de motivos que justificam a proibição, apresentados pela ordem parlamentar, diz que o “governo está empenhado em garantir que os casos mais graves de venda de álcool por baixos preços sejam proibidos”.
Os ministros insistem que venda abaixo do preço é um problema real, pois seis ou sete dos maiores supermercados ingleses já foram flagrados vendendo álcool a até 12% abaixo do preço de custo.
Eles também apontam para a crescente evidência de “esquentas”: dois terços dos jovens que foram presos por crime e desordem relacionada ao álcool em uma cidade inglesa admitiram ter se “afundado” com os baixos preços de bebida dos supermercados antes de sair para uma festa.
A avaliação de impacto oficial estima que a medida levará a uma economia de R$ 21 milhões por ano em benefícios para a saúde e R$ 14,2 milhões na economia de criminalidade.
A proibição será imposta através da introdução de uma condição de licenciamento obrigatório para todos aqueles que vendem álcool. Funcionários dizem que não esperam que as vendas de fora da Inglaterra e País de Gales através da Internet sejam um problema significativo, mas vai mantê-lo sob revisão.
Eric Appleby, diretor-executivo da Alcohol Concern, descartou o movimento: “A ideia de que a proibição de vendas abaixo do custo vai ajudar a resolver o nosso problema com o álcool é risível, é confuso e quase impossível de implementar. Além de tudo isso, os relatórios mostram que a medida teria um impacto em apenas 1% dos produtos de álcool vendido em lojas e supermercados, deixando intocadas bebidas que são tão descaradamente dirigidas aos jovens”.
“O governo está perdendo tempo enquanto evidências internacionais mostram que preço mínimo unitário é o que nós precisamos para salvar vidas e diminuir crimes”.
O ministro Norman Baker, entretanto, afirma que “a proibição da venda
de álcool abaixo do preço vai parar os piores exemplos de consumo de
bebida muito barata e prejudicial”. E completa: “É parte de uma ampla
gama de medidas que estamos tomando, inclusive desafiando a indústria
das bebidas de desempenhar um papel maior no combate aos abusos de
álcool.”
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