Pesquisa olhou para os impactos de medidas aplicadas em diversos países que restringem o cigarro em ambientes como bares e restaurantes
Cigarro: Leis anti-fumo têm impacto positivo sobre a saúde da população em um período de um ano
(Thinkstock)
Um levantamento americano que analisou as consequências das leis
anti-fumo em diversos países concluiu que essas medidas têm, sim, um
impacto direto e rápido sobre a saúde da população. Segundo a pesquisa,
feita pela Universidade da Califórnia com o Instituto Nacional de Saúde
(NHI, sigla em inglês) dos Estados Unidos, a aplicação desse tipo de
legislação, como por exemplo, a proibição o fumo em restaurantes e
bares, é capaz de reduzir rapidamente o número de internações
decorrentes de doenças como as cardiovasculares ou as respiratórias.
Essa diminuição ocorre, segundo os pesquisadores, tanto entre os
fumantes quanto entre pessoas expostas ao fumo passivo.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Association Between Smoke-Free Legislation and Hospitalizations for Cardiac, Cerebrovascular, and Respiratory Diseases: A Meta-Analysis
Onde foi divulgada: periódico Circulation
Quem fez: Crystal Tan e Stanton Glantz
Instituição: Universidade da Califórnia, Estados Unidos
Dados de amostragem: 45 pesquisas sobre leis anti-fumo
Resultado: Em um período de um ano, as leis anti-fumo, que proíbem cigarro em bares, restaurantes ou no trabalho, reduzem em 15% as hospitalizações por ataque cardíaco; em 16% as por AVC; e em 24% por problemas respiratórios, como asma
Os autores do estudo revisaram, ao todo, 45 pesquisas que analisaram,
durante um ano, as consequências de 33 leis anti-fumo aplicadas em
diversos países, entre eles Estados Unidos, Alemanha e Uruguai. As
conclusões foram publicadas nesta semana no periódico Circulation, da Associação Americana do Coração.
Segundo os resultados, as legislações que proíbem o fumo em bares,
restaurantes ou no trabalho diminuem, no período de um ano, em 15% as
hospitalizações por ataque cardíaco; em 16% as internações por acidente
vascular cerebral (AVC); e em 24% as hospitalizações por problemas
respiratórios, como asma ou doença pulmonar obstrutiva crônica. A
pesquisa ainda mostrou que as leis mais abrangentes — ou seja, que
proíbem o fumo em bares, em restaurantes e também no trabalho — são as
que provocam os maiores benefícios.
Para Staton Glandz, coordenador do trabalho, esses resultados apoiam a
posição da Associação Americana do Coração, que acredita que leis
anti-fumo deveriam se estender a todos os ambientes de trabalho e
lugares públicos. "Legislações mais fortes significam reduções imediatas
nos problemas de saúde relacionados ao tabagismo, o que acontece em
decorrência da diminuição do fumo passivo e do número de pessoas que
deixam de fumar por causa dessas leis", diz Glantz.
Fonte: Revista Veja
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